Olívia era uma garotinha curiosa e atenta à natureza que a cercava em Floresta, sua cidadezinha pacata. Ela amava passear no parque, observando as árvores, os pássaros e, principalmente, os laguinhos que ali existiam. Era uma tarde ensolarada quando ela resolveu pular bem alto na poça d'água que havia se formado após uma forte chuva. Foi quando ela ouviu um barulho.

- Ei, garotinha! Cuidado onde pisa! - alertou uma gotinha de água que parecia falar.

Olívia ficou abismada e esfregou os olhos para ter certeza do que estava vendo. A gotinha de água tinha um rosto, um par de olhos e dois bracinhos. Era Wally, a Gota de Água, que havia se separado de uma poça maior pela qual acabava de passar.

- Sim, sou Wally, a Gota de Água. E vim falar com você sobre uma ideia muito importante - explicou o pequeno personagem.

- Sim, mas também há um outro problema. Muitas vezes, quando chove com força, a água não tem por onde escoar e acaba invadindo as ruas - explicou Wally. - Além disso, a chuva leva a terra e os nutrientes das plantas, o que prejudica a natureza. Eu vim falar com você porque gostaria que nossa cidade construísse algo que nos ajudasse a resolver isso.

- Um jardim de chuva! - disse Wally, sorridente. - É uma espécie de jardim que absorve a água da chuva para que ela não inunde as ruas e, ao mesmo tempo, ajuda as plantinhas.

- Eu pensei em uma boa ideia: podemos fazer um projeto na sua escola para cada turma construir um jardim de chuva! - sugeriu Wally.

Olívia adorou a ideia e mal podia esperar para colocá-la em prática. Ela sabia que seus amigos da escola também iam adorar. Wally explicou direitinho como eles deveriam fazer, e agora Olívia precisava só convencer seus professores.

E assim, juntos, eles seguiram para a escola de Olívia, prontos para colocar em prática um projeto incrível, que ia ajudar a cidade e toda a natureza.

Na manhã seguinte, Olívia foi animada para a escola, ansiosa para apresentar a ideia do jardim de chuva para seus professores. Mas quando ela chegou lá, percebeu que algo estava errado. Os corredores estavam alagados e tinha uma multidão de alunos e funcionários tentando esvaziar os baldes de água que caíram do teto.

- O telhado está com vazamento há semanas, mas a escola não tem verbas para consertar - explicou o homem, cansado.

Olívia ficou pensativa. Como eles poderiam construir um jardim de chuva na escola se não tinham nem dinheiro para consertar o telhado?

- Wally, talvez possamos usar o projeto do jardim de chuva para consertar o telhado! - sugeriu Olívia.

- O jardim de chuva também pode ser usado para captar a água da chuva que cai no telhado e direcioná-la para os jardins. Assim, além de ajudar a natureza, podemos usar essa água para consertar o telhado e evitar alagamentos - explicou Olívia, animada.

Wally ficou encantado com a ideia e juntos, eles apresentaram a proposta para os professores e alunos da escola. Todo mundo ficou animado e decidiram começar a construção do jardim de chuva imediatamente, usando o recurso para consertar o telhado.

Graças à ideia de Olívia, a escola de Floresta agora tinha um lindo jardim de chuva que captava a água da chuva para proteger a cidade do alagamento, e ainda ajudava a natureza. E tudo isso graças à Wally, a Gota de Água, que abriu os olhos de Olívia e a ajudou a fazer uma grande diferença na cidade em que vivia.

Os meses passaram e a paisagem de Floresta mudou muito. As ruas já não ficavam mais alagadas durante a temporada de chuvas, e a cidade estava mais verde e bonita do que nunca. Os habitantes da cidade faziam questão de agradecer a Olívia e Wally pela ideia e trabalhavam duro para manter o jardim de chuva em perfeitas condições.

Um dia, Olívia estava caminhando pelo jardim quando viu Wally pela última vez. O gota de água estava se preparando para seguir em frente e explorar novos lugares em busca de novas aventuras.

- Olívia, minha amiga - disse Wally, emocionado. - Você me ensinou tanto sobre como proteger a natureza e fazer a diferença. Sem você, eu não teria tido a chance de ver tantas coisas maravilhosas em Floresta. Obrigado por tudo.

Olívia abraçou Wally, com lágrimas nos olhos. Ela sabia que tinha feito um grande amigo, e que as aventuras de Wally não tinham acabado ali.

- Boa sorte, Wally - disse Olívia, com um sorriso emocionado. - Eu sei que você vai fazer muita diferença por onde for.

E com essas palavras, Wally evaporou no ar, deixando para trás um rastro de luz e uma saudade imensa. Mas Olívia sabia que Wally sempre estaria com ela, em seu coração e em suas memórias. E que, juntos, eles haviam feito a diferença em Floresta.