História para Helena & Sofia

## O Natal do Grinch: Um Coração Verde em Busca de Alegria

### Capítulo 1: O Frio na Floresta

Era uma vez, na Floresta do Grinch, um lugar que parecia tão triste quanto um campo sem flores. As árvores eram altas e magras, suas folhas pareciam sussurrar palavras de melancolia sob o vento gelado. Nesse espaço cinzento e sombrio, morava um velho chamado Grinch. Ele tinha pele verde e seu coração era pequeno, tão pequeno que poderia caber em uma caixinha.
O Grinch adorava ficar sozinho. Ele passava os dias olhando pela janela de sua casa esquisita, observando as outras criaturas da floresta. "Bah, humbug!" ele resmungava, enquanto as risadas e os sorrisos das crianças ressoavam ao longe. "O Natal é uma época estúpida, cheia de presentes e felicidade", pensava ele, franzindo o nariz.
Em uma inseta de seu coração, algo mudava. Mas o Grinch não queria sentir isso. Ele queria continuar a ser o rabugento que todos conheciam.
Certa manhã, enquanto o gelo cobria as folhas da floresta, duas crianças muito especiais, Helena e Sofia, caminhavam lado a lado. Helena, com seus cabelos dourados como a luz do sol, e Sofia, que tinha olhos brilhantes de curiosidade, estavam cheias de alegria. "Vamos fazer bolachas de Natal, Sofia!" exclamou Helena animadamente.
"Sim! E podemos cantar canções de Natal! O Grinch também pode se juntar a nós", sugeriu Sofia, com um sorriso radiante.
O Grinch, que escutava os planos das meninas pela janela, revirou os olhos. "Como podem ser tão felizes? O Natal é tedioso!", gritou ele. As crianças se entreolharam, um pouco assustadas, mas a coragem de Sofia falou mais alto. "Vamos mostrar ao Grinch o que é o espírito do Natal!"
"Eu duvido que ele queira saber", disse Helena, balançando a cabeça. Mas a ideia já havia brotado na mente de Sofia, como uma flor que desabrochava em um dia ensolarado.
Naquela noite, enquanto o vento soprava e a lua brilhava como uma bola de cristal, Helena e Sofia decidiram que precisavam fazer algo especial. "Vamos fazer um cartão de Natal para o Grinch", sugeriu Sofia com entusiasmo.
"Sim! Vamos fazer um desenho lindo e escrever uma mensagem dizendo que ele é bem-vindo para vir e fazer biscoitos com a gente", disse Helena, com seus olhos brilhando de esperança.
As duas crianças se sentaram à mesa, pegaram papéis coloridos, lápis e canetas. Elas desenharam estrelas, árvores de Natal e até mesmo um coração verde que parecia muito com o Grinch. "Feliz Natal, Grinch! Você é sempre bem-vindo!", escreveram juntas.
Quando o cartão ficou pronto, Sofia disse: "Precisamos levá-lo até a casa do Grinch!" Helena, embora um pouco nervosa, assentiu e as duas saíram em direção à escura e fria casa do Grinch.
"Você acha que ele vai ficar bravo?", Helena perguntou, apertando a mão de Sofia.
"Não, não! A gentileza sempre é uma boa ideia. Vamos! É só um cartão, e quem sabe ele pode até sorrir!", respondeu Sofia, confiante.
A noite estava silenciosa, e o caminho até a casa do Grinch parecia longo. Mas as crianças estavam determinadas. O que elas não sabiam era que o velho Grinch estava lá dentro, ouvindo e pensando sobre o que as meninas poderiam estar fazendo. Um leve arrepios percorreu sua espinha.
E assim, com um espírito cheio de esperança, Helena e Sofia se aproximaram da porta do Grinch, prontas para trazer um pouco de luz e cor à sua vida escura e solitária. O que aconteceria a seguir? O caminho do Natal estava apenas começando a se desenrolar, e, com ele, a possibilidade de um coração verde se iluminar.

Continua...

### Capítulo 2: O Cartão da Esperança

As estrelas no céu brilhavam como pequenos diamantes, e o Grinch, lá dentro de sua casa, olhava pelos buracos nas janelas. Ouvia risadinhas e o tilintar de sinos de Natal. "O que essas crianças estão tramando?", pensou o Grinch, coçando a cabeça. Ele não gostava de ser interrompido em seus pensamentos rabugentos.
Enquanto isso, já na porta da casa do Grinch, Helena e Sofia respiravam fundo. Com o coração acelerado, Helena segurou o cartão que haviam feito juntas. "Você está pronta?", perguntou Sofia.
"Sim!", respondeu Helena, um pouco hesitante, mas determinada. Ela bateu levemente na porta, e o som ecoou pela noite silenciosa.
A porta se abriu lentamente, revelando o Grinch, com seu olhar desconfiado. "O que vocês querem?", resmungou ele, cruzando os braços.
"Oi, Grinch! Nós fizemos um cartão para você!", disse Sofia, levantando o cartão com um sorriso brilhante. "Você pode vir fazer biscoitos de Natal com a gente!"
O Grinch olhou para o cartão. Seu coração, tão pequeno, pareceu fazer um esforço para crescer. Ele nunca havia recebido um cartão assim antes. Mas, para não revelar como se sentia, ele respondeu com desdém. "Biscoitos? Quem precisa de biscoitos? Não tenho tempo para isso! E Natal? Bah! É tudo uma perda de tempo!"
Helena olhou para Sofia com um olhar de preocupação. "Mas Grinch, o Natal é uma época de alegria e amor. Nós só queríamos compartilhar um pouco disso com você!" disse Helena, com voz suave.
O velho Grinch se sentiu dividido. O que aquelas meninas sabiam sobre a vida solitária que ele levava? Ele hesitou, mas algo dentro dele estava mudando. O cartão em suas mãos parecia pulsar de calor. Ele não queria ser rabugento, mas também não sabia como ser diferente.
"Olha, crianças, eu... eu não sou como vocês", disse o Grinch, tentando se defender. "Eu não sei como ser amigo."
Mas Sofia, com sua empatia contagiante, respondeu: "Você pode aprender, Grinch. Todos podem! E nós podemos ajudar você!"
Nesse momento, algo inesperado aconteceu. O céu escureceu repentinamente, e uma tempestade começou a se formar. Nuvens pesadas cobrindo a lua e a chuva começou a cair em gotas grossas. "Oh não!", disse Helena, temendo que o mau tempo atrapalhasse suas esperanças de um bom Natal. "Agora não vai dar para fazer biscoitos!"
O Grinch olhou para a tempestade e, para surpresa de todos, decidiu que não queria que as meninas ficassem ali fora sozinhas e molhadas. "Entrem! Rápido!", gritou ele, abrindo a porta mais uma vez.
Helena e Sofia correram para dentro, ofegantes e molhadas. O interior da casa do Grinch era tão escuro e bagunçado quanto seu coração. Mas as crianças trouxeram um pouco de luz consigo. "Vamos acender algumas velas!", sugeriu Sofia, olhando ao redor.
Enquanto as velas iluminavam o ambiente, o Grinch começou a sentir algo diferente. "Talvez, só talvez, eu possa tentar ser um pouco mais gentil", pensou ele. Mas a dúvida ainda pairava em seu coração.
"Grinch, podemos fazer biscoitos juntos!", disse Helena, seus olhos brilhando de entusiasmo.
O Grinch hesitou. Ele sabia que fazer biscoitos significava bagunça, e ele não gostava de bagunça. Mas olhando para as crianças sorrindo, ele sentiu calor em seu peito.
"Tudo bem, vamos fazer os biscoitos, mas apenas se você prometer que não vai ficar me chamando de rabugento o tempo todo!", disse ele, tentando soar sério.
"Prometemos, Grinch!", exclamou Sofia, pulando de alegria. Helena sorriu tão amplamente que parecia que o sol havia surgido dentro da casa escura.
E assim, o que deveria ter sido um Natal solitário para o Grinch tornou-se um momento de surpresa e alegria. Enquanto a tempestade rugia lá fora, dentro da casa do Grinch, risadas e cheiros de biscoitos quentes começaram a encher o ar. E, quem sabe, o coração do velho Grinch também estava começando a aquecer.
Mas ainda havia um desafio pela frente. O Grinch precisava enfrentar não apenas a tempestade lá fora, mas também os ventos frios e sombrios que ainda assombravam seu coração.
O Natal estava chegando, e o Grinch teria que decidir se estava pronto para abrir seu coração e aceitar a gentileza que essas crianças estavam lhe oferecendo.

Continua...

### Capítulo Final: O Verdadeiro Espírito do Natal

A tempestade continuava a rugir lá fora, mas dentro da casa do Grinch, a atmosfera havia mudado completamente. O cheiro doce de massa de biscoito começava a invadir o ar. Helena e Sofia, com as mãos cheias de farinha e sorrisos largos, riam enquanto tentavam moldar biscoitos em várias formas.
“Olha, Grinch! Estou fazendo um biscoito em forma de estrela!” exclamou Helena, levantando um biscoito recém-formado. O Grinch observava tudo com uma mistura de curiosidade e desconfiança.

“Não sei se isso vai dar certo,” ele murmurou. “E se eles não ficarem bons?”

Sofia, segurando uma colher de pau, sorriu e respondeu: “Mas o importante não é como eles ficam! É sobre estarmos juntos e nos divertirmos. Nós podemos decorar eles depois! Que tal um biscoito em forma de árvore de Natal?”
O Grinch franziu a testa, mas não pôde evitar um pequeno sorriso. Algo dentro dele estava mudando. Ao ver Helena e Sofia se divertindo, seu coração começou a se aquecer como nunca antes.
Depois de um tempo, a massa estava pronta e os biscoitos foram para o forno. Enquanto esperavam, as crianças começaram a contar histórias. Helena falou sobre seus sonhos de ser astronauta e visitar estrelas, enquanto Sofia contou sobre suas aventuras na escola e como ela ajudava os amigos a se sentirem bem.
O Grinch, que nunca havia compartilhado nada de sua vida, começou a se abrir. “Quando eu era jovem,” ele começou, com um brilho de nostalgia em seu olhar, “eu costumava adorar o Natal. Mas depois… depois eu só fiquei sozinho. Ninguém parecia se importar.”
Helena olhou nos olhos do Grinch e disse suavemente: “Mas nós nos importamos, Grinch! Olha, nós estamos aqui com você! O Natal é sobre isso, sobre estar juntos e compartilhar alegria!”
Nesse momento, o Grinch sentiu algo que não sentia há muito tempo. Um pequeno, mas brilhante, lampejo de esperança. Ele queria mais daquela alegria, daquela amizade. Mas algo em seu coração ainda o segurava.

“Mas e se eu não souber ser um bom amigo?” o Grinch perguntou timidamente.

Sofia se aproximou dele e disse: “Grinch, não se preocupe! Você pode aprender, e nós estaremos aqui para ajudar você! A gentileza é algo que se pratica todo dia!”
Finalmente, o timer do forno apitou. As crianças correram para ver os biscoitos. Os biscoitos estavam dourados e cheirosos, quase tão bonitos quanto os sorrisos nas faces das meninas. “Uau! Olha como eles cresceram!” disse Helena, pulando de alegria.
O Grinch, vendo aquelas meninas tão felizes, sentiu uma onda de emoção. Ele pegou um biscoito e observou como as crianças se iluminavam ao saborear a delícia. Para sua surpresa, o gosto estava realmente bom!
“Esses biscoitos são… deliciosos!” exclamou o Grinch, sorrindo mais do que nunca.
“Veja, Grinch! Você fez isso também!” disse Sofia, dando-lhe um tapinha nas costas. “Você se juntou a nós e fez parte do nosso Natal!”
Nesse momento, a tempestade começou a diminuir, e os primeiros raios de sol começaram a brilhar através das nuvens. A lua, que havia estado escondida, também parecia sorrir de volta para o Grinch.
“Vamos fazer algo especial,” disse Helena, sua voz cheia de entusiasmo. “Vamos fazer um cartão para todos os nossos amigos na cidade! Assim, eles saberão que estão convidados para compartilhar a alegria do Natal!”
O Grinch olhou para as meninas e, pela primeira vez, percebeu que sua casa não precisava ser um lugar solitário e escuro. Ele poderia compartilhar a felicidade que agora estava crescendo em seu coração.
“Sim! Vamos fazer um grande cartão e convidar todos!” disse o Grinch, seus olhos brilhando como nunca antes. “E desta vez, não vou ser rabugento!”
E assim, a casa do Grinch se encheu de risos e alegria enquanto os três trabalhavam juntos. Quando o cartão ficou pronto, eles decidiram levá-lo pessoalmente a cada um dos habitantes da cidade.
As crianças, agora com o Grinch ao seu lado, passaram por cada casa. O coração do Grinch pulsava com uma nova emoção. Ele começou a entender que o Natal não era apenas sobre presentes ou decorações, mas sobre amor, amizade e gentileza.
E quando chegaram à última casa, o Grinch sorriu genuinamente e falou: “Eu quero que todos se lembrem que sempre é tempo de ser gentil!”
Naquela noite, a cidade inteira se reuniu na casa do Grinch. As luzes brilhavam, os biscoitos eram compartilhados e muitas histórias eram contadas. E o Grinch, aquele velho rabugento, agora era parte da celebração, seu coração finalmente grande o suficiente para amar.
E assim, o Grinch aprendeu a verdadeira magia do Natal — sempre seja gentil, porque a gentileza pode mudar até mesmo o coração mais solitário.

E vivendo feliz, o Grinch nunca mais foi rabugento novamente.

Fim.

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