História para Fiorella & Oscar

**Título: O Grinch e o Natal em Na Antártica**

**Capítulo 1: O Grinch Atrapalhado**

Era uma vez, em um cantinho especial e gelado chamado Na Antártica, um lugar cheio de neve macia e casas coloridas, que vivia um personagem muito peculiar. Seu nome era Grinch, e ele não gostava nem um pouco do Natal!
Enquanto as luzes brilhantes piscavam nas janelas e as risadas das crianças ecoavam nas ruas cobertas de neve, o Grinch observava tudo da sua caverna solitária, um velho buraco na montanha que ele chamava de lar. Ele era verde, com um olhar rabugento e um coração que, segundo rumores, era menor que um limão!
— Humpf! — resmungou o Grinch, com uma voz rouca e resmungona. — O Natal está chegando de novo! Só não sei como as pessoas conseguem ser tão felizes com todo esse barulho!
Ele apertou os olhos de raiva para as crianças que brincavam do lado de fora. Fiorella e Oscar, dois irmãos que adoravam o Natal, estavam construindo um boneco de neve enorme. Com olhos feitos de pedras brilhantes e um nariz de cenoura, eles riam e se divertiam enquanto o sol refletia na neve.
— Olha, Fiorella! Vamos colocar um chapéu de papai noel no nosso boneco! — disse Oscar, balançando ansiosamente a cabeça.
— Sim, Oscar! E não se esqueça da faixa vermelha! — respondeu Fiorella, pegando um pedaço de tecido que encontrara. Seus olhos brilhavam como estrelas enquanto ela falava sobre o Natal.
O Grinch torceu o nariz ao ouvir as risadas dos irmãos. Eles estavam se divertindo tanto e ele, sozinho e rabugento na sua caverna, não podia suportar aquilo.
— Eu preciso de um plano! — disse o Grinch, batendo a mão no queixo. — Se eu acabar com o Natal, talvez eles parem de ser tão felizes!
E, assim, o Grinch começou a elaborar sua ideia. Ele se lembrou de como as pessoas decoravam as casas e como as crianças faziam listas para o Papai Noel. Uma ideia travessa surgiu em sua mente.
— Vou roubar o Natal! — gritou o Grinch, batendo os pés no chão gelado. — Vou tirar as luzes, os presentes e até os biscoitos! Assim, eles não terão nada para celebrar!
Enquanto isso, na casa de Fiorella e Oscar, o clima era de pura alegria. A mãe deles estava preparando biscoitos de gengibre na cozinha, e o cheiro doce se espalhava pela casa.
— Vamos fazer uma surpresa para todos! — disse Fiorella, com um sorriso grande no rosto.

Oscar, com as bochechas rosadas de tanta animação, respondeu:

— E se fizermos cartões de Natal também? Para que todo mundo saiba que o Natal é sobre compartilhar amor e alegria!
Mais tarde, enquanto a noite caía e as luzes cintilavam como estrelas no céu, o Grinch se espremeu pela porta da caverna, decidido a colocar seu plano em ação. Ele se vestiu de maneira estranha, colocando um manto vermelho que encontrou e um chapéu de Papai Noel torto na cabeça. Olhando-se no espelho antigo que balançava na parede, ele riu consigo mesmo.
— Ninguém vai perceber que sou eu! — disse ele, numa tentativa de soar alegre, mas sua voz só saiu como um rosnado.
Com passos cautelosos, o Grinch saiu da caverna e caminhou em direção à cidade, enquanto a neve cruncheava sob suas patas. No entanto, enquanto se aproximava da casa de Fiorella e Oscar, algo inesperado aconteceu.
Um som doce, como um canto de anjo, flutuou no ar. Ele parou, confuso. Era a voz de Fiorella e Oscar, cantando uma música de Natal alegre.
— Jingle bells, jingle bells, jingle all the way! — eles cantavam, suas vozes harmoniosas misturadas com risadas.
O Grinch franziu o cenho. Algo dentro dele começou a balançar, como uma pequena bolha de ar quente em um dia frio. Aquela música… era diferente de tudo que ele já tinha ouvido.
— Humpf! — ele resmungou, tentando espantar o sentimento estranho. — Não! Eu não posso deixar que isso me afete!
Mas, o que ele não sabia era que aquela noite estava apenas começando. Aventuras e risadas o aguardavam, e o Natal em Na Antártica se tornaria um verdadeiro espetáculo de alegria, surpreendendo até o coração mais rabugento.
E assim termina este primeiro capítulo, onde o Grinch, em sua solidão, começa a sentir o calor do Natal, mesmo que ele próprio não saiba disso ainda.

**Capítulo 2: A Curiosidade do Grinch**

A noite havia se instalado suave e cobriu Na Antártica com um manto de estrelas brilhantes. O Grinch, ainda de pé na sombra de uma árvore coberta de neve, hesitava entre seguir seu plano e voltar para sua caverna.
— Eu sou o Grinch! — sussurrou para si mesmo, tentando recuperar a bravura que lhe faltava. — Eu não me deixarei deixar levar por essas músicas alegres e risadas!
Mas, enquanto observava os irmãos se divertindo, um sentimento de curiosidade começou a crescer dentro dele. O que havia naquela canção que o deixava tão inquieto?
— Humpf! Eu vou roubar o Natal e descobrir! — ele decidiu, batendo os pés na neve, decidindo entrar na casa onde as vozes doces pareciam mais próximas.
Com cautela, o Grinch se aproximou da janela da casa de Fiorella e Oscar. As luzes brilhavam, e ele viu o que parecia uma festa. As crianças estavam sentadas ao redor da mesa, decorando biscoitos de gengibre com glacê colorido e confeitos brilhantes. A mãe deles sorria, ajudando-os a criar pequenas obras de arte.
— Olha, Oscar! Este biscoito vai ser um Papai Noel perfeitinho! — disse Fiorella, enquanto espalhava o glacê na forma que estava tentando criar.
— E eu vou fazer uma árvore de Natal! — respondeu Oscar, concentrado e com a língua de fora.
O Grinch observava tudo, cada convívio e cada sorriso. Ele sentiu algo que nunca havia sentido antes: uma pontada de inveja, misturada com a mais estranha sensação de querer estar ali, mesmo que isso o deixasse muito nervoso.
De repente, um pequeno acidente aconteceu. Oscar, animado, deixou o seu biscoito escorregar da mesa e, em um movimento desastroso, ele derrubou um pote inteiro de confeitos coloridos que espalhou a mesa e o chão com pequenas bolinhas brilhantes.
— Oh não! — exclamou Oscar, enquanto as bolinhas saltavam e rodopiavam pelo chão como se quisessem dançar.
Fiorella começou a rir. A mãe deles, com um sorriso gentil, ajudou a juntar tudo. O Grinch, sem perceber, sorriu ao ver a cena.
— Isso é… até divertido! — murmurou ele, mas logo se assustou com seu próprio pensamento. — Não, não, isso não pode ser! Eu sou o Grinch!
Mas antes que pudesse se afastar, uma surpresa maior aconteceu. Fiorella, percebendo que poderiam fazer algo especial com o que restou da confusão, teve uma ideia brilhante.
— Ei, Oscar! Vamos fazer um concurso de biscoitos! Podemos fazer um para cada um e ver quem é o mais bonito! Depois, vamos dar para os nossos amigos! — propôs Fiorella, com os olhos brilhando de entusiasmo.

— Isso vai ser incrível! — Oscar respondeu, batendo palmas de alegria.

O Grinch sentiu uma onda de sentimentos se agitando dentro dele. Ele não conseguia entender por que aquelas crianças estavam tão felizes, mesmo com o pequeno acidente.
— Como eles podem rir assim? — pensou o Grinch. — Como podem ver a beleza em um desastre?
E, sem perceber, o Grinch decidiu espiar mais de perto. Ele se esgueirou pela porta da frente, que, por acaso, estava entreaberta. Com cuidado, ele entrou e se escondeu atrás da árvore de Natal.
— O que eu estou fazendo? — pensou, olhando de um lado para o outro, enquanto a luz da árvore iluminava seu rosto verde.

Logo, a mãe de Fiorella e Oscar inspirou fundo e disse:

— O Natal é sobre amor e união. Podemos transformar qualquer situação em uma oportunidade de alegria!
Aquelas palavras tocaram o coração do Grinch. Ele não tinha ideia do que era isso, mas sentiu-se envolvido por algo acolhedor.
Mas, naquele momento, uma reviravolta inesperada aconteceu. Uma sombra se movia na esquina da sala. Era um pequeno gato, peludo e travesso, que havia entrado atrás do Grinch! Ele se lançou para frente e fez um enorme barulho, derrubando uma caixa de enfeites de Natal!
— O que foi isso?! — gritou Oscar, enquanto todos voltavam os olhos para a árvore, onde o Grinch tentava se esconder. Com aquela atenção, não havia como voltar atrás.
O Grinch estava feito! Ele era pego no melhor momento de sua vida e, de repente, suas travessuras pareciam um pouco menos divertidas.
— E agora o que eu faço? — pensou, enquanto as crianças se aproximavam com os olhos arregalados. Naquele momento, ele teve a chance de decidir: continuar com seu plano ou soltar seu coração rabugento e se deixar levar pela alegria.
Oscar e Fiorella o encararam com curiosidade. O Grinch sentiu um arrepio. Isso podia ser a chance de mudar tudo.
— O que você está fazendo aqui? — perguntou Fiorella, um pouco assustada, mas também intrigada.
O Grinch respirou fundo, esperando que aquilo não saísse como um rosnado. — Eu… eu só queria saber o que estava acontecendo.
E, em um impulso, ele soltou um sorriso tímido. As crianças ficaram surpresas. Algo incrível estava prestes a acontecer, e o verdadeiro espírito do Natal estava apenas começando a se revelar para o rabugento Grinch.
Assim, o pequeno desafio de se esconder se transformou em um desafio maior: aprender a abrir seu coração, e ele estava prestes a descobrir que o Natal era muito mais do que ele jamais imaginara.

**Capítulo Final: O Natal do Grinch**

Naquela noite mágica, a sala estava iluminada por um brilho especial. As risadas de Oscar e Fiorella dançavam no ar, e a mãe deles olhou para o Grinch com um sorriso acolhedor.
— Não tenha medo, Grinch! Venha se juntar a nós! — disse, com uma voz gentil como uma brisa fresca.
O Grinch hesitou, seu coração batia rápido dentro dele. Nunca antes ele tinha sido convidado para uma festa. Ele olhou para os biscoitos, os confeitos coloridos e as luzes brilhantes e, de repente, sentiu um calor crescer dentro dele.

— Eu... eu gostaria de experimentar, — murmurou, dando um passo adiante.

Oscar e Fiorella se entreolharam, com os olhos brilhando de alegria.

— Venha, vamos fazer biscoitos juntos! — disse Fiorella, puxando-o pela mão.

— Sim! Você pode fazer o seu próprio biscoito! — acrescentou Oscar, animado.

O Grinch sorriu timidamente, e juntos eles começaram a trabalhar. Com as instruções da mãe, ele aprendeu a espalhar o glacê. No começo, suas mãos eram desajeitadas, mas logo ele estava se divertindo tanto que esquecia que era o Grinch.
— Olha o meu! — gritou Oscar, segurando um biscoito em forma de estrela coberto de glacê azul. — Ele é lindo!
— E o meu! — exclamou Fiorella, mostrando um Papai Noel que tinha olhos de confeitos brilhantes.
O Grinch olhou para os biscoitos deles e sentiu uma alegria diferente. Ele então decidiu fazer um biscoito mais ousado – uma enorme árvore de Natal! Ele usou todos os tipos de confeitos que conseguiu encontrar, e a mesa logo estava coberta de cores e sorrisos.

— Uau, Grinch! Você é muito bom nisso! — disse Oscar, impressionado.

— É verdade! Você deveria fazer mais! — acrescentou Fiorella, piscando para ele.
O Grinch nunca tinha recebido um elogio antes. Um calor novo preencheu seu coração. Ele percebeu que a verdadeira alegria não vinha de roubar o Natal, mas de compartilhá-lo.
— Obrigado! — disse o Grinch, sentindo-se mais leve do que nunca. — Isso é divertido!
As horas passaram, e logo a sala estava cheia de biscoitos, risos e bastante glacê. O Grinch olhou pela janela e viu a neve caindo suavemente. Ele se lembrou de como estava triste antes, mas agora, com as crianças, tudo era diferente.
— Podemos dar esses biscoitos para nossos vizinhos! — sugeriu Fiorella, com os olhos brilhando de empolgação.

— Sim! Isso seria maravilhoso! — concordou Oscar.

O Grinch fez um gesto hesitante, mas então, com um sorriso genuíno, disse: — Eu adoraria ajudar!
Eles encheram uma enorme caixa de biscoitos decorados e saíram juntos pela vizinhança. O coração do Grinch batia forte enquanto ele observava as reações das pessoas ao receber os biscoitos.
— Olhem! É o Grinch! — exclamou um vizinho surpreso. — O que ele está fazendo aqui?

— Ele está trazendo biscoitos! — gritaram as crianças, cheias de felicidade.

A cada porta que batiam, a surpresa se transformava em alegria. As pessoas começaram a rir, a agradecer e a convidá-los para entrar e celebrar juntos. O espírito do Natal encheu as casas como um abraço caloroso.
Quando voltaram para casa, a mãe de Fiorella e Oscar serviu chocolate quente a todos, e o Grinch se sentou à mesa com um sorriso largo no rosto, cercado de amigos.
— Eu… eu nunca pensei que poderia ser tão feliz! — disse ele, olhando nos olhos brilhantes das crianças.
— Você faz parte da nossa família agora! — respondeu Fiorella, segurando a mão dele.
— E você sempre será bem-vindo — completou Oscar, dando-lhe um tapinha nas costas.
E assim, o Grinch descobriu que o verdadeiro Natal não era sobre presentes ou decorações, mas sobre amor, amizade e união. Na Antártica, o frio foi substituído pelo calor da comunidade, e as luzes da árvore refletiam a nova luz que havia se acendido no coração do Grinch.
Todos, incluindo o Grinch, riram e cantaram canções de Natal até tarde da noite. O céu estrelado acima parecia brilhar ainda mais, como se celebrasse a nova alegria que agora habitava seu coração.
E ali, na aconchegante vizinhança de Na Antártica, o Grinch nunca mais se sentiu só. Ele tinha encontrado seu lugar entre risos, doces e o calor da amizade verdadeira.

Fim.

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