História para Maria

### Capítulo 1
Era uma vez, numa escola decorada com luzes cintilantes e dançarinas de papel, uma menina chamada Maria. O ar frio de dezembro entrava pelas janelas, mas dentro da escola, tudo estava acolhedor e alegre. O cheiro doce de chocolate quente e biscoitos frescos dançava por todo o lugar, envolvendo os alunos como um abraço quentinho.
Maria, com seu cabelo castanho curto e olhos castanho-escuros brilhantes como estrelas, não conseguia conter a empolgação. Ela amava especialmente essa época do ano. Era um tempo de música, de histórias de princesas e de muita dança. Naquele dia, ela estava ansiosa para participar do mercado de Natal que aconteceria na escola.
Ao seu lado, estava Ana, sua irmã mais velha. Ana tinha longos cabelos loiros que brilhavam sob a luz suave das lanternas. Seu sorriso radiante podia iluminar até os dias mais nublados. “Maria, você já escolheu a sua música para a apresentação?” perguntou Ana, ajeitando algumas das decorações que elas tinham feito juntas.
“Vou cantar aquela canção sobre a neve! Lembra?” respondeu Maria, pulando de alegria. Ana sorriu, olhando a pequena irmã com um misto de amor e orgulho.
“É uma escolha perfeita! E eu tenho certeza de que todos vão adorar,” disse Ana, enquanto tentava organizar as pequenas estrelas de papel que elas tinham feito para enfeitar a barraca.
Mas, ao lado delas, havia um homem com expressão triste. Ele era um artesão que havia trazido lindas decorações de Natal para vender. No entanto, ninguém parecia notar o seu esforço. Ele estava lá, grudado à sua barraca, olhando para o chão, como se o seu coração estivesse tão pesado quanto as trocas de presentes que esperavam por ele.
Maria percebeu a tristeza dele e, por um momento, ela parou. “Ana, olha! Aquele homem parece tão triste,” disse, apontando para ele.

“Sim, é verdade. Mas o que podemos fazer?” Ana respondeu, pensativa.
Maria mordeu o lábio inferior, pensando, e então sussurrou: “Talvez possamos ajudá-lo a vender suas coisas. Ele deve ter histórias incríveis por trás de cada peça.”
Ana concordou. “Você tem razão. Vamos falar com ele! Afinal, é o Natal e o que mais poderíamos fazer do que espalhar alegria?”
As duas irmãs se aproximaram do artesão, decididas a ajudá-lo, mesmo que ele não soubesse ainda o que sua ajuda significava.

### Capítulo 2
Na véspera do mercado, enquanto Maria e Ana organizavam suas barracas repletas de enfeites coloridos e doces, algo mágico começou a acontecer. Uma luz suave inundou a sala, fazendo o coração de todos disparar de alegria. Era o Christ Child, a criança do Natal, com sua aura brilhante e cabelos dourados, que parecia ter vindo diretamente dos contos de fadas.
Ele se aproximou do artesão triste e, com um sorriso suave, perguntou: “Olá, amigo! Posso ajudá-lo?”
O artesão ergueu os olhos, surpreso com a presença do Christ Child. “Eu… eu só queria que as pessoas vissem as minhas criações e soubessem suas histórias. Mas parece que ninguém está interessado.”
Maria e Ana observaram atentamente, fascinadas. O Christ Child, com seu jeito gentil, começou a falar com o artesão. “Cada peça que você criou tem um pedaço de você. Mostre às pessoas o que aquilo significa!”
Com sua ajuda, o artesão começou a contar sua história através de suas criações. “Esta estrela,” ele disse, segurando uma bela ornamentação dourada, “representa a esperança. Eu a fiz quando estava me sentindo perdido e, ao olhá-la, encontrei meu caminho novamente.”
As crianças, encantadas, se aproximaram, ouvindo com atenção. Maria olhou para Ana, seus olhos brilhando de entusiasmo. “Podemos fazer uma apresentação!” ela sugeriu. “Vamos juntar as histórias do artesão com a nossa música!”
Ana acenou energeticamente. “Sim! Podemos dançar e cantar enquanto ele fala. Assim, todos verão como é especial cada peça!”
Com um brilho nos olhos, o Christ Child sorriu. “Seja gentil e use seus talentos, e você verá a mágica do Natal se espalhar.”
Juntos, Maria, Ana e o artesão trabalharam durante o dia, criando um espetáculo encantador. Quando a noite chegou, o mercado de Natal estava cheio de gente, e todos estavam prontos para ouvir a história, unindo corações com bondade e alegria. E assim, a magia do Natal começava a brilhar, iluminando não só as barracas, mas também os corações de todos ali presentes.

### Capítulo 3
Quando o dia do mercado de Natal finalmente chegou, a escola estava cheia de cor e alegria. As luzes brilhavam como estrelas, e o ar estava cheio de aromas deliciosos de chocolate quente e biscoitos recém-assados. Maria e Ana estavam animadas, vestidas com suas roupas mais festivas. Maria, com seu cabelo castanho curto, brilhou ao lado de sua irmã mais velha, Ana, que exibia seu longo cabelo loiro e sorriso radiante.
“Olha, Ana! A barraca do artesão!” Maria apontou para a mesa decorada com as brilhantes decorações de Natal. Mas quando se aproximaram, Maria percebeu que ainda havia poucas pessoas na barraca. O artesão estava lá, com uma expressão triste. Seu olhar mostrava que ele não estava certo de como chamar a atenção das pessoas.
“Vamos ajudar!” sugeriu Maria, lembrando-se da ideia da apresentação. “Ana, vem! Vamos dançar e cantar!”

Ana sorriu. “Sim! Vamos fazer isso!”
As irmãs rapidamente se posicionaram ao lado do artesão, que observou com curiosidade. Maria começou a cantar uma canção alegre de Natal, enquanto Ana dançava graciosamente ao seu lado. A música era contagiante! As pessoas começaram a parar, atraídas pela melodia encantadora.

“Olhem! O que está acontecendo ali?” alguém comentou.
Gradualmente, uma multidão se formou, e logo todos estavam aplaudindo. Os olhos do artesão se iluminaram com esperança. Ele começou a contar a história de cada uma de suas criações, enquanto Maria e Ana dançavam e cantavam ao redor, trazendo vida e alegria às suas palavras.
“Esta estrela representa a esperança,” ele disse novamente, segurando a ornamentação dourada. “Ela brilha no escuro e nos mostra o caminho em tempos difíceis.”
As pessoas escutavam atentamente, encantadas. “Eu quero uma!” comentou uma crian ça, com os olhos brilhando.
Maria, percebendo o entusiasmo da plateia, gritou. “E cada vez que você olhar para ela, lembre-se da bondade e da ajuda que você pode oferecer aos outros!”
O Christ Child, que observava tudo com um sorriso, aproximou-se do artesão. “Cada ato de bondade, por menor que seja, faz a diferença. A verdadeira mágica do Natal está em compartilhar e cuidar uns dos outros.”
“Você me ensinou que ajudar os outros é o maior presente de todos,” disse o artesão, com lágrimas de gratidão nos olhos.

### Capítulo 4
O dia passou, e a barraca do artesão estava cheia de visitantes. Os sorrisos se espalhavam pelas faces de todos, e Maria e Ana sentiam seus corações aquecidos com a alegria que criaram. As crianças dançavam, e até mesmo os adultos não conseguiam resistir em se juntar à celebração.
“Vê, Ana? Isto é tão mágico!” disse Maria, enquanto girava com as mãos para o alto. “As pessoas estão sorrindo e se divertindo!”
“Sim, e tudo porque nós decidimos ajudar,” respondeu Ana, orgulhosa. “A bondade realmente faz a diferença!”
Ao final do dia, enquanto as luzes começavam a piscar e o mercado esvaziava, o artesão aproximou-se de Maria e Ana. “Vocês mudaram este dia para sempre. Obrigado por trazerem alegria e esperança ao meu trabalho.”
“Foi o Christ Child quem nos deu a ideia,” Maria respondeu, olhando ao redor para encontrar o menino gentil. Mas, para sua surpresa, ele havia desaparecido, como um brilho de estrelas na noite.
“Ele sempre estará conosco, em nossos corações,” disse Ana, dando um abraço em sua irmã. “E sempre que ajudarmos alguém, estaremos espalhando a sua luz.”

### Epílogo
E assim, tanto Maria quanto Ana prometeram que todas as festas de Natal que se seguissem seriam repletas de bondade e amor. Elas nunca esqueceriam a mágica do mercado, onde um simples ato de ajudar um artesão triste havia se transformado em um festival de alegria.

“Vamos sempre ser gentis?” perguntou Maria, com um sorriso sonhador.
“Sim, sempre!” respondeu Ana, segurando a mão da irmã, enquanto ambas olhavam para as luzes cintilantes que iluminavam a noite.
E assim, a verdadeira mensagem do Natal ecoou em seus corações: **Sempre seja gentil**.
E a cada Natal, Maria e Ana espalharam essa bondade, fazendo do mundo um lugar mais iluminado e cheio de amor. Fim.