História para Guilherme miotto

### O Feitiço da Amizade

**Capítulo 1: O Encontro Sob a Luz das Estrelas**

Era uma noite tranquila em um pequeno vilarejo chamado Esperança, onde as estrelas brilhavam como diamantes no céu. Guilherme Miotto, de 15 anos, estava sentado no quintal da casa da sua avó Eureni, observando as constelações. Ele sempre achou que as estrelas tinham segredos a contar. Enquanto isso, sua família se reunia na sala, rindo e conversando.
"Você não vai entrar, Guilherme?" chamou sua mãe, Luciana, com um sorriso caloroso. Ela estava servindo biscoitos quentinhos, o aroma delicioso invadia o ar.
"Um minuto, mãe! Estou apenas pensando..." respondeu Guilherme, um pouco distraído.
Lá dentro, seu irmão Matheus e seu pai Maurício discutiam sobre quem seria o campeão no próximo torneio de vídeo games. A voz da tia Pathy, sempre alegre, misturava-se ao riso do avô Ayrton, que contava histórias de quando era jovem.
Mas Guilherme sentia-se um pouco diferente. A solidão, embora leve, o seguia como uma sombra. Ele queria mais do que apenas jogar ou ouvir histórias. Ele ansiava por uma aventura, algo mágico que o tirasse da monotonia.
Enquanto olhava para o céu, um brilho intenso atraiu sua atenção. Era uma luz que dançava entre as árvores, movendo-se como se tivesse vida própria. Curioso, Guilherme se levantou e decidiu seguir aquela luz misteriosa.

*"Talvez eu encontre algo incrível,"* pensou, com o coração acelerado.

Ele atravessou o quintal e se embrenhou na floresta, onde as árvores sussurravam segredos ao vento. Conforme se aproximava da luz, ele notou que não estava sozinho. Uma pequena criatura, semelhante a uma mistura de coelho e dragão, estava agachada sob uma árvore, olhando-o com olhos brilhantes e tristes.
"Oi! O que você está fazendo aqui?" perguntou Guilherme, aproximando-se cuidadosamente.
"Eu… eu sou Lúmina," respondeu a criatura, com uma voz suave como um sussurro. "Estou procurando um lugar para chamar de lar."

Guilherme sentiu seu coração se apertar. "Por que você não tem um lar?"

Lúmina hesitou, as orelhas grandes tremendo levemente. "Eu sou diferente. Os outros animais têm medo de mim. Eu só queria ter amigos."
"Mas você é tão bonita! Olhe para essas asas brilhantes," disse Guilherme, admirando os detalhes cintilantes que cobriam o corpo da criatura.
"Obrigada," disse Lúmina, um sorriso tímido surgindo em seu rosto. "Mas eles não conseguem ver além da aparência. Apenas me afastam."
Guilherme sentiu uma vontade forte de ajudar. "Não se preocupe, Lúmina. Eu vou te ajudar a encontrar amigos!"

"Você faria isso por mim?" perguntou Lúmina, com esperança nos olhos.

"Claro! Vamos procurar pela floresta. Se houver outros, eles vão ver quão especial você é," respondeu Guilherme, animado.
"Mas e se eles não gostarem de mim? O que eu faço então?" Lúmina olhou para baixo, a tristeza voltando a invadir seu olhar.
"Então nós vamos tentar de novo. Sempre que precisarmos," afirmou Guilherme, determinado.
Antes que pudessem dar o primeiro passo, uma luz resplandecente iluminou a clareira. Dela surgiu Glinda, a boa bruxa do Sul, com um vestido brilhante que refletia todas as cores do arco-íris.
"O que está acontecendo aqui?" perguntou Glinda, com uma voz suave e cheia de calor.
Guilherme e Lúmina olharam surpresos. "Nós estávamos apenas tentando encontrar amigos para Lúmina," respondeu Guilherme, admirado pela presença mágica da bruxa.
"Amizade é um dos feitiços mais poderosos, meu jovem," disse Glinda. "E às vezes, todos precisamos de um pouco de ajuda."
Guilherme sorriu, sentindo um calor no coração. *“Com a ajuda de Glinda, tudo ficará bem,”* pensou.
A bruxa olhou profundamente nos olhos de Lúmina, e um suave brilho em suas mãos fez a criatura reviver um pouco de esperança. "Com o tempo, você encontrará amigos que te aceitam como você é."

"Você realmente acha isso?" perguntou Lúmina, a voz tremendo de emoção.

"Sim, querida. A amizade floresce onde menos se espera," respondeu Glinda, piscando para Guilherme.
E assim, sob a luz das estrelas e com a ajuda da bruxa, Guilherme e Lúmina estavam prontos para começar uma nova jornada. Uma jornada em busca de amizade, aceitação e, quem sabe, um lugar que Lúmina pudesse chamar de lar.
"Amanhã, começaremos nossa busca," decidiu Guilherme. Ele olhou para Lúmina e sorriu. "E não importa o que aconteça, sempre estarei ao seu lado."
Lúmina sorriu de volta, e pela primeira vez, algo dentro dela começou a brilhar. A esperança tinha finalmente encontrado seu espaço.

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No próximo capítulo, eles se aventurarão pela floresta encantada, enfrentando desafios e descobrindo o valor da verdadeira amizade.

### Capítulo 2: O Desafio da Floresta Encantada

O sol nasceu em um dia radiante. Guilherme acordou com a luz suave filtrando pelas folhas e o canto alegre dos pássaros. Ele se lembrou da promessa feita a Lúmina e mal podia esperar para começar a aventura. Ao olhar pela janela, viu sua avó, Eureni, cuidando do jardim.
“Bom dia, meu querido!” chamou Eureni, com um sorriso que iluminava seu rosto. “Pronto para a sua jornada?”
“Bom dia, Vovó! Vou ajudar uma nova amiga a encontrar um lar,” respondeu Guilherme, seus olhos brilhando de excitação.
Antes de sair, ele se despediu da família. “Vou me encontrar com Lúmina na floresta!” disse, recebendo abraços calorosos de todos.
No caminho até a floresta, ele pensou em como poderia encontrar amigos para a pequena criatura. “Será que existem outros seres especiais como a Lúmina?” refletiu, enquanto caminhava.
Ao chegar à clareira onde se encontraram pela primeira vez, Lúmina já o esperava, agitando suas asas brilhantes. "Oi, Guilherme! Estou tão animada!" disse ela, pulando de alegria.
“Oi, Lúmina! Vamos procurar juntos,” respondeu Guilherme, encorajado pela energia dela.
Enquanto se aventuravam pela floresta encantada, árvores altas e majestosas cercavam o caminho, com flores exóticas que exalavam perfumes doces. As folhas sussurravam segredos, e Guilherme podia sentir que aquela floresta guardava muitos mistérios.
Depois de algumas horas caminhando, chegaram a um lago cristalino. “Olha como é bonito!” exclamou Guilherme, espantado. O reflexo do céu azul na água parecia mágico. Mas logo notaram que algo não estava certo. Uma névoa escura começou a se espalhar pelo lago.

“Guilherme, o que é isso?” perguntou Lúmina, assustada.

“Não sei... Mas devemos ter cuidado,” ele respondeu, apertando a mão de Lúmina. “Vamos investigar.”
À medida que se aproximavam, uma figura surgia da névoa. Um grande ser, metade homem e metade sombra, pairava sobre a água. “Quem ousa perturbar o Lago da Solidão?” sua voz ecoou, sombria e imponente.
“Desculpe, senhor! Nós só estávamos explorando,” disse Guilherme, tentando manter a calma.
“Vão embora! Este lugar não é para estranhos!” gritou a criatura, a névoa se intensificando ao seu redor.
Lúmina, tremendo de medo, segurou a mão de Guilherme com força. “O que nós vamos fazer?” perguntou, sua voz quase um sussurro.
Guilherme respirou fundo. “Precisamos enfrentá-lo. Ele está sozinho e amedrontado. Talvez ele precise de amigos também,” afirmou.
“Você realmente acha que podemos ajudá-lo?” Lúmina estava insegura, mas a determinação nos olhos de Guilherme a encorajou.
“Sim! Ele só está tentando se proteger,” respondeu Guilherme. Então, ele se virou para a criatura. “Por que você está tão isolado? Nós não queremos fazer mal.”
A criatura, surpreendida pela resposta de Guilherme, hesitou. “Ninguém se aproxima de mim. Todos têm medo do que não entendem,” ele disse, a voz agora um pouco mais suave.
“Mas o medo só traz mais solidão,” Guilherme insistiu. “Nós também conhecemos a solidão. Por isso estamos aqui. Nós queremos ser seus amigos.”
“Amigos?” a criatura repetiu, como se a palavra fosse nova para ele. “Ninguém nunca me chamou assim.”
“Sim! Podemos compartilhar histórias e experiências!” Lúmina se juntou à conversa, seus olhos brilhando de esperança. “Você não precisa ficar sozinho!”
A criatura olhou para os dois, e algo começou a mudar. A névoa escura começou a se dissipar lentamente, e uma luz suave começou a brilhar ao seu redor. “Talvez... talvez eu possa tentar,” ele murmurou, parecendo mais vulnerável.
“Isso mesmo! Venha e vamos nos apresentar! Sou Guilherme e ela é minha amiga, Lúmina,” Guilherme disse, estendendo a mão. “Você tem um nome?”
“Sou chamado de Sombra,” respondeu a criatura, hesitante, mas ao mesmo tempo animado. Ao tocar a mão de Guilherme, a escuridão que o cercava começou a desaparecer.
E assim, em meio à floresta encantada, os três começaram a se conhecer. Guilherme compartilhou histórias de sua família e suas aventuras, Lúmina mostrou suas habilidades mágicas, e Sombra falou sobre sua vida isolada e suas esperanças perdidas.
“Se formos amigos, você nunca mais precisará se sentir sozinho,” disse Lúmina, com um sorriso encorajador.
A amizade começou a florescer ali, sob a luz do sol e ao lado do lago, e a transformação de Sombra fez com que ele se tornasse menos aterrorizante e mais acolhedor. Ao final da tarde, ele já não era mais apenas uma criatura de sombras, mas um amigo que também estava em busca de um lar.
“Vamos continuar nossa jornada juntos,” sugeriu Sombra, agora com um brilho amistoso no olhar.
Guilherme e Lúmina concordaram, felizes por terem feito um novo amigo. Juntos, eles estavam prontos para enfrentar qualquer desafio que a floresta encantada lhes apresentasse, sabendo que, com amizade, poderiam superar qualquer obstáculo.
Assim, sob o manto do crepúsculo, os três começaram a caminhar juntos, com o coração cheio de esperança e novos amigos ao lado. O que mais os aguardava na floresta mágica? Eles mal podiam esperar para descobrir.

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No próximo capítulo, as aventuras e os desafios continuarão, e a amizade entre Guilherme, Lúmina e Sombra se fortalecerá enquanto eles buscam um lugar para Lúmina chamar de lar.

### Capítulo Final: O Lar Quebrado e a Luz da Amizade

O sol estava se pondo no horizonte, pintando o céu de tons de laranja e rosa, quando Guilherme, Lúmina e Sombra se sentaram à beira do Lago da Solidão. O ambiente estava mais calmo agora, e a névoa que antes cobria a água havia se dissipado, revelando o reflexo de um novo começo.
“Então, Sombra,” começou Guilherme, com um sorriso, “o que você espera encontrar neste mundo? Um lar, talvez?”
Sombra olhou para o lago, as ondas suaves brincando em seus pés. “Eu... eu gostaria de sentir o calor de um lar. Mas nunca encontrei um lugar onde me aceitassem,” disse ele, sua voz carregada de tristeza.
Lúmina, observando a expressão de Sombra, decidiu que era hora de agir. “E se formássemos um lar juntos? Em vez de um lugar físico, por que não criarmos um lar de verdade, cheio de amizade?” Ela falou com entusiasmo.
“Um lar de amizade?” Sombra repetiu, sua curiosidade despertando. “O que isso significa?”
“Significa que, onde estivermos juntos, estaremos em casa. Se formos amigos, poderemos criar o nosso lar em qualquer lugar! Nós podemos cuidar uns dos outros, como uma família!” Guilherme acrescentou, seu coração batendo rápido com a ideia.
Sombra considerou as palavras. “Isso parece bonito... eu gostaria de experimentar isso.”
“Ótimo!” Lúmina exclamou. “Mas para isso, precisamos encontrar um lugar especial onde possamos nos reunir e ser felizes juntos.”
“Vamos procurar!” Guilherme disse, levantando-se. “Eu conheço um lugar na floresta, uma clareira repleta de flores brilhantes. É um lugar mágico!”
Os três amigos partiram, guidando-se pela luz suave da lua que começava a iluminar o caminho. A floresta estava cheia de sons noturnos: o coaxar das rãs, o farfalhar das folhas e o zumbido distante de insetos. Cada passo os aproximava mais de um novo lar.
Ao chegarem à clareira, as flores brilhavam como estrelas caídas, e um leve perfume doce pairava no ar. Guilherme olhou em volta e disse: “Aqui é perfeito! Olhem como tudo brilha e brilha! Este pode ser o nosso lar.”
Sombra estava encantado. “É maravilhoso! Nunca vi algo assim antes.” Ele começou a girar entre as flores, suas sombras dançando alegremente.
“Vamos plantar sementes da amizade,” sugeriu Lúmina, com um brilho nos olhos. “Cada flor que cultivar aqui será um símbolo do que temos juntos!” E assim, começaram a plantar sementes, compartilhando histórias e risadas, criando um espaço que seria a expressão de sua amizade.
Os dias se transformaram em semanas, e a clareira se encheu de cores vibrantes. Guilherme, Lúmina e Sombra se tornaram inseparáveis; eles exploravam juntos, enfrentavam desafios e criavam lembranças únicas. Com o tempo, outros seres da floresta, atraídos pela alegria da clareira, começaram a se juntar a eles.
Um dia, enquanto plantavam mais flores, uma voz suave ecoou pela floresta. “O que é isso que está ocorrendo aqui?” Era Glinda, a Boa Feiticeira, deslizando graciosamente entre as árvores.
“Glinda!” Lúmina exclamou, correndo até ela. “Estamos criando um lar cheio de amizade!”
Glinda sorriu. “Estive observando vocês. Que beleza! Vocês se tornaram uma família verdadeira, onde a amizade é o maior tesouro.”
“Glinda, você poderia nos ajudar a tornar esse lugar ainda mais especial?” Guilherme perguntou, esperançoso.
“Claro, meu querido! Podemos fazer com que este lugar brilhe como um farol de luz e amor. Que tal um encantamento?” Ela levantou sua varinha, e com um movimento suave, as flores começaram a brilhar ainda mais intensamente, iluminando a clareira.

“Uau!” Sombra gritou, maravilhado. “Isso é incrível!”

“Agora o que vocês têm aqui será sempre protegido. Este será o Jardim da Amizade,” explicou Glinda. “E sempre que precisarem de um lar, poderão voltar aqui.”

“Obrigada, Glinda!” choraram os três juntos, abraçando-se com alegria.

A magia de Glinda preencheu a floresta, e a alegria ressoou através das árvores. Eles sabiam que, não importa onde a vida os levasse, sempre teriam aquele lugar especial, a clareira da amizade, onde suas histórias e risadas ressoariam para sempre.
A partir daquele dia, a floresta encantada nunca mais foi a mesma. Sombra não era mais uma criatura solitária, mas parte de uma grande família. Guilherme, Lúmina e Sombra, juntos, inspiraram outros a se unirem e a celebraram as diferenças.
E assim, sob o céu estrelado, cercados pelo brilho das flores e pelo calor da amizade, Guilherme, Lúmina e Sombra dançaram alegremente, sabendo que aqueles eram os melhores momentos de suas vidas. Eram todos amigos, e juntos, tinham encontrado um lar que iluminava seus corações.
Com um último olhar para a floresta mágica, Guilherme sussurrou: “Nunca estarei sozinho novamente.” E a amizade deles, como as flores ao seu redor, floresceria para sempre.

**Fim**

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