História para Irina & Laura

**Título: A Grande Aventura na Selva**

**Capítulo 1: O Chamado da Selva**

Era uma vez, numa parte bem distante da selva, onde as árvores eram tão altas que pareciam tocar o céu, duas meninas chamadas Irina e Laura. Elas passaram a infância explorando os segredos da floresta, fazendo amizade com os animais que moravam por lá. A luz do sol filtrava através das folhas, criando um espetáculo de sombras dançantes no chão coberto de folhas.
“Olha, Irina! Lá está o Baloo!” gritou Laura, apontando para o enorme urso que estava deitado sob uma árvore, sonhando. “Vamos vê-lo!”
As duas correram até Baloo, rindo e pulando. Ao se aproximarem, a amiga urso acordou, espreguiçando-se no calor do dia.
“Oi, meninas! Que aventura vocês estão planejando hoje?” perguntou Baloo, esfregando os olhos.
“Queremos explorar a parte mais profunda da selva!” respondeu Irina, com os olhos brilhando de empolgação. “Talvez possamos até encontrar o rio de águas cristalinas que você me contou!”
Baloo sorriu. “A selva é cheia de surpresas, mas cuidado! Sempre há algo novo a aprender.”
Enquanto elas conversavam animadamente, um rugido profundo ecoou pela floresta. As folhas tremeram e os pássaros voaram em bandos, assustados. Era Shere Khan, o poderoso tigre. Ele caminhava com a graça de um rei, mas sua presença fazia todos sentirem um frio na barriga.
“Hmm, o que está acontecendo aqui?” perguntou ele, seu olhar penetrante fixando-se nas meninas.
“Estamos planejando uma aventura!” disse Laura, com um sorriso ousado. “Você quer vir conosco, Shere Khan?”
O tigre parou, surpreso. “Aventure-se? Por que eu faria isso? A selva é minha, e eu tenho coisas mais importantes para fazer.”
As meninas trocaram olhares. Irina, sempre corajosa, deu um passo à frente. “Mas a selva também é o seu lar! Você já parou para ver quantas coisas incríveis existem ao nosso redor? Juntos, podemos descobrir lugares que você nunca viu!”
Shere Khan franziu a testa, pensativo. “Descobrir? Hmpf, a verdade é que eu não preciso de ninguém. Sou forte e rápido. Não preciso de ajuda.”
Laura cruzou os braços e sorriu. “Talvez. Mas até os mais fortes precisam de amigos, não é mesmo?”
“Amigos?” repetiu Shere Khan, como se a palavra fosse estranha a ele. “Nunca pensei muito nisso.”
Nesse momento, um grito distante cortou o ar. Era um som aflito, vindo do vale onde as flores cresciam coloridas. As meninas se entreolharam, e Irina logo disse: “Devemos ver o que aconteceu!”
“Deixe isso comigo!”, grunhiu Shere Khan, sua curiosidade despertada. “Eu irei primeiro! Sou o rei da selva, e nada pode me parar!”
As meninas hesitaram, mas estavam animadas. “Vamos com você!” insistiu Laura, dando um passo à frente.
Os três se lançaram pela floresta, a adrenalina percorrendo suas veias. As folhas estalavam sob suas patas e pés enquanto atravessavam uma trilha cheia de raízes e flores. A cada passo, o rugido do tigre parecia menos intimidador e mais como um chamado a uma grande aventura.
Ao chegarem ao vale, encontraram um grupo de pequenos animais em pânico. Um filhote de macaco estava preso em uma árvore caída, rodeado por galhos pesados. Ele chorava, e seu olhar de medo fez Shere Khan parar por um instante.
“Precisamos ajudar!” gritou Irina, apontando para o macaco. “Ele não pode ficar preso!”
“Eu sou forte, posso derrubar a árvore!” disse Shere Khan, mas sua voz estava baixa, como se o desânimo tivesse tomado conta dele.
“Sim, você é forte, mas você não pode fazer isso sozinho!” respondeu Laura, percebendo que o tigre estava confuso. “Precisamos trabalhar juntos. Todos os animais têm algo a oferecer!”

“Como assim?” perguntou Shere Khan, olhando para as meninas.

“Você pode usar sua força, nós podemos encontrar outros animais para ajudar,” disse Irina, cheia de determinação.
“É uma boa ideia,” disse Baloo, que havia aparecido sem que ninguém percebesse. “Vamos fazer isso, Shere Khan. Juntos, podemos salvar o pequeno macaco.”
Os olhos do tigre brilharam, e um novo sentimento começou a crescer dentro dele. “Certo, vamos trabalhar juntos,” disse ele, um pouco hesitante, mas também curioso.
E assim, sob a luz dourada do sol filtrada pelas folhas, começou uma nova aventura, onde até mesmo o mais temido dos animais aprenderia o valor da amizade e do trabalho em equipe.
A floresta estava prestes a descobrir o que acontece quando a força se une à amizade.

**Capítulo 2: A Descida do Vale**

Com um novo plano em mente, Shere Khan, Irina, Laura e Baloo formaram um time. “Vamos buscar ajuda!” anunciou Baloo, balançando sua grande barriga. “Cada um de nós pode fazer algo especial!”
“Eu posso correr e avisar os outros animais!” disse Irina, sua voz cheia de determinação.
“E eu posso voar para ver onde estão os outros!” completou Laura, dando pulos de alegria.
Shere Khan, olhando para os lados, começou a entender que, apesar de seu tamanho e força, não poderia fazer tudo sozinho. “E eu... eu vou ficar aqui para garantir que o macaco esteja seguro,” ele disse, seu tom mais suave e refletido.
Desse modo, as meninas partiram rapidamente. Irina correu pelas trilhas da floresta, enquanto Laura subiu em uma árvore alta, abrindo suas pequenas asas de pássaro. O ar estava fresco e cheio de cheiros novos. “Venham, amigos!” gritou Irina, sua voz ecoando entre as árvores.
Enquanto isso, Shere Khan observava o filhote de macaco, que ainda estava preso. O pequeno animal olhou para ele com olhos de esperança. “Por favor, me ajude!” ele chorou.
“Eu vou fazer isso,” respondeu Shere Khan, sua voz agora mais suave. “Você não está sozinho.”
Enquanto Irina falava com os esquilos, pássaros e outros animais, Laura voou alto e viu uma reunião de animais perto do rio. “Pessoal! O pequeno macaco precisa de ajuda!” ela gritou. Os animais se entreolharam, surpresos. A raposa, o coelho e até a sábia coruja começaram a se mover em direção ao vale.
De volta ao vale, Shere Khan estava se acostumando com a ideia de ajudar. O filhote de macaco olhou para ele e disse: “Você não é tão assustador quando ajuda.”
“Talvez eu não precise ser,” respondeu Shere Khan, um sorriso tímido se formando em seu rosto.
Quando Irina e Laura retornaram com os animais, o grupo estava animado. “Aqui está o plano!” gritou Baloo. “Todos precisam fazer sua parte!”
“Eu posso usar minhas garras para cortar os galhos!”, disse a raposa, ergueu a cabeça cheia de confiança.
“E eu posso ajudar a puxar a árvore!” acrescentou o coelho, que estava pulando de excitação.
Com todos prontos, Shere Khan tomou a palavra. “Eu vou empurrar um pouco a árvore para que vocês possam ter mais espaço para trabalhar.”

“Cuidado!” gritou Irina. “Vamos fazer isso juntos!”

Os animais se organizaram, formando um círculo ao redor da árvore. Baloo deu a ordem: “Um, dois, três!”
Shere Khan empurrou com toda a sua força, enquanto a raposa e o coelho cortavam os galhos com agilidade. Todos estavam concentrados, trabalhando juntos como nunca antes.
Mas, de repente, com um estalo, a árvore começou a descer, e o grupo ficou paralisado. “Cuidado!” gritaram todos, mas algo inesperado aconteceu. O pequeno macaco, que estava desesperado, decidiu saltar para ajudar. Ele agarrou-se na árvore, fazendo um barulho alto, e com isso, a árvore caiu para o lado oposto!
O grupo ficou em silêncio. Shere Khan olhou surpreso. “Você é muito corajoso!” disse ele ao macaco, admirando sua bravura.
“Eu só queria ajudar,” respondeu o macaco, sorrindo, agora livre. Ele saltou para fora da árvore e correu em volta de todos, alegre.
Irina, Laura e Baloo alegraram-se, e os outros animais também. “Conseguimos, conseguimos!” gritaram eles, dançando.
Shere Khan, observando a alegria ao seu redor, sentiu algo novo em seu coração. “Vocês mostraram que a verdadeira força vem de trabalhar juntos.”

Irina sorriu para Shere Khan. “E você foi um líder incrível!”

“Quem diria que um tigre poderia ser tão bom em ajudar?” perguntou Laura, piscando para ele.
A selva ecoou com os risos e gritos de felicidade. Nem tudo era fácil, mas juntos, eles conseguiram realizar algo maravilhoso.
“Vamos festejar!” sugeriu Baloo, fazendo uma dança desajeitada. “A selva merece uma festa!”
E assim, sob o brilho das estrelas, a selva ganhou vida com música, risos e celebrações. Shere Khan percebeu que, apesar de ser forte, o verdadeiro poder estava em ter amigos ao seu lado.
Durante a festa, o tigre dançou e se divertiu com os outros animais. E pela primeira vez, ele se sentiu parte de algo maior do que ele mesmo. A selva não era apenas seu lar, mas um lugar cheio de amizade e amor.
E assim, a grande aventura na selva continuou, com novas lições e muitas risadas, pois a selva tinha muitas mais histórias para contar. No fundo, o que Shere Khan aprendeu era que mesmo os mais fortes também precisam de companheiros ao seu lado.

### Capítulo Final: A Celebração da Amizade

As estrelas brilhavam intensamente no céu, como se a própria selva estivesse sorvendo a alegria da festa. Animais de todos os tipos se reuniram em um clareira iluminada pela luz da lua. Irina, Laura e Baloo estavam no centro, rindo e dançando, enquanto Shere Khan observava com um sorriso satisfeito.
“Vamos fazer uma roda!” sugeriu Irina animadamente. Todos se juntaram, formando um grande círculo. “Um, dois, três, vamos dançar!” gritou Laura, puxando Shere Khan para o centro.
“Mas eu não sei dançar!” disse o tigre, meio envergonhado, enquanto os outros animais riem.
“Não se preocupe, é só se deixar levar!” encorajou Baloo, fazendo passos desajeitados, que fizeram todos rirem ainda mais.
E assim, Shere Khan começou a mover os pés lentamente, se divertindo ao ver a alegria em volta. Ele se lembrava de quão solitário se sentia antes. Aquela festa era algo mágico.
“Ei, tigre, você se mexe melhor do que imaginávamos!” brincou a raposa, enquanto se balançava.

“É! Você deve se juntar a nós sempre!” disse o coelho, pulando de alegria.

Shere Khan olhou ao redor e percebeu que todos estavam se divertindo juntos. “Sabe, eu não sabia que a selva poderia ser tão acolhedora,” ele disse, seu olhar sincero.
Baloo, com um sorriso largo, pediu silêncio. “Vamos fazer um brinde! A amizade e a equipe!”

Todos levantaram suas vozes. “À amizade!” gritaram juntos.

Após o brinde, cada animal começou a compartilhar histórias. A coruja contou sobre suas noites de vigilância, enquanto o macaco se gabava de sua coragem ao ajudar na operação de resgate. Todos riram e a alegria preenchia o ar, mas um grande silêncio caiu quando Irina pediu para falar.
“Eu só queria dizer que vocês são todos incríveis,” começou a menina, seu olhar brilhando. “Nós só conseguimos salvar o pequeno macaco porque trabalhamos juntos!”
Laura acenou com a cabeça. “E Shere Khan, você nos mostrou que até o mais forte pode aprender a ser gentil!”
Os olhos de Shere Khan brilharam. “Eu aprendi que ser forte não é sobre ter músculos, mas sobre ter um coração aberto.” Ele olhou para o macaco que estava ao seu lado, agora brincando com as folhas. “E um coração aberto é sempre mais forte quando estamos com amigos.”
Todos ficaram em silêncio, refletindo sobre suas palavras. A festa recomeçou com ainda mais entusiasmo. Os animais começaram a dançar novamente, enquanto شere Khan segurava a mão do macaco. “Quer dançar também?” perguntou ele, rindo.
“Sim!” respondeu o macaco, dando pequenos pulos, enquanto Shere Khan tentava acompanhá-lo.
A dança os uniu de um jeito especial. Os sorrisos se espalhavam e não havia mais espaço para medo ou solidão. Por fim, a noite caiu, mas a amizade que florescia naquelas horas permaneceria para sempre na memória de todos.
Quando a festa chegou ao fim e os animais começaram a se dispersar, Shere Khan sentiu que havia encontrado um novo lar, não apenas na selva, mas em sua nova equipe de amigos.
“Vocês prometem que vamos nos ajudar sempre?” perguntou o tigre, seu olhar sincero.

“Claro!” todos gritaram em uníssono.

“Porque juntos, somos mais fortes!” completou Irina.

E assim, Shere Khan, Irina, Laura e Baloo, junto com todos os animais da selva, seguiram juntos, prontos para mais aventuras. Eles sabiam que a verdadeira magia da selva não estava apenas em sua beleza, mas na união de todos.
E com isso, a grande festa da amizade ecoou pela selva, prometendo novas histórias e novas aventuras que ainda estavam por vir. O rugido de Shere Khan agora se misturava aos risos das crianças e dos animais, criando uma melodia única de amor e camaradagem.
Então, sob a luz da lua e o brilho das estrelas, a alegria na selva nunca mais seria a mesma. E assim, o dia terminou feliz, deixando um brilho de esperança para um novo amanhecer.

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