História para Ester

Era uma manhã ensolarada no País das Maravilhas. O sol brilhava no céu azul, e as flores coloridas balançavam suavemente, como se estivessem dançando ao som de uma música alegre. Borboletas brilhantes, com asas de todas as cores, voavam de flor em flor, criando um espetáculo mágico.

Alice, com seu vestido azul que parecia refletir o céu, caminhava pela floresta. O vento brincava com seus cabelos loiros, fazendo-os esvoaçar como um manto dourado. Ela adorava explorar este mundo encantado, onde tudo parecia possível. Mas naquela manhã, algo a mais estava prestes a acontecer.

Enquanto caminhava, Alice avistou uma menina sentada em uma pedra. Era Ester, uma garotinha de oito anos, com cabelos negros e ondulados que caíam em cascata sobre seus ombros. Seus olhos castanhos profundos brilhavam de curiosidade. Ester estava cercada por pequenas criaturas da floresta: coelhos brancos, esquilos travessos e até um passáro de penas coloridas que cantava suavemente.

Ester olhou para cima e sorriu. “Oi! Eu estou apenas admirando a natureza. Eu adoro princesas, animais e tudo que brilha!”

Alice se sentou ao lado dela, encantada. “Eu também! Você sabia que neste mundo há tantas aventuras esperando para serem descobertas?”

“Sim!” Ester respondeu, seus olhos se iluminando. “O que você acha de fazermos uma festa do chá? Podemos convidar todos os nossos amigos do País das Maravilhas!”

“Ótima ideia!” disse Alice, animada. “Vamos convidar o Gato Sorridente. Ele sempre tem um sorriso no rosto e adora chá!”

As duas amigas se levantaram, cheias de energia, e seguiram pela floresta, rindo e conversando sobre como seria a festa. As árvores pareciam escutar, e até as flores balançavam como se estivessem dançando ao ritmo da alegria delas.

Finalmente, chegaram a uma linda árvore, onde o Gato Sorridente estava sentado. Ele tinha um sorriso tão largo que parecia brilhar sob o sol. “Olá, meninas!” disse ele, piscando um olho. “O que traz vocês aqui hoje?”

“Estamos planejando uma festa do chá e queríamos te convidar!” exclamou Ester, cheia de entusiasmo.

“Festa do chá? Que maravilhoso!” disse o Gato Sorridente, esticando ainda mais o sorriso. “Mas vocês sabem que uma festa do chá precisa de muitos doces e decoração, não é?”

As meninas trocaram olhares preocupados. “É verdade! Mas o que vamos fazer?” perguntou Alice, mordendo o lábio inferior.

“Eu tenho uma ideia!” disse o Gato, inclinando-se para frente. “Vamos pedir ajuda ao Chapeleiro Louco e à Lebre de Março. Eles sempre têm as melhores ideias!”

Animadas, Alice e Ester concordaram e seguiram com o Gato Sorridente até a casa do Chapeleiro Louco. O caminho era mágico, com flores que falavam e árvores que dançavam. Ao chegarem, encontraram a casa do Chapeleiro, que parecia ter saído de um sonho: telhados tortos, janelas coloridas e uma porta que rangia para se abrir.

Dentro, o Chapeleiro Louco estava sentado à mesa, com um chapéu gigante na cabeça e uma xícara de chá na mão. A Lebre de Março estava ao seu lado, tentando equilibrar uma pilha de biscoitos que parecia prestes a cair.

“Oi, pessoal!” gritou o Chapeleiro, sem tirar os olhos da mesa. “O que traz vocês aqui em uma manhã tão linda?”

“Estamos organizando uma festa do chá e precisamos da sua ajuda!” disse Ester, enquanto os olhos da Lebre de Março se arregalavam em surpresa.

“Uma festa do chá, você diz?” O Chapeleiro Louco olhou para a mesa, que estava cheia de coisas bagunçadas. “Estamos um pouco ocupados, mas... um pouquinho de ajuda nunca faz mal, certo?”

As meninas estavam animadas, mas logo perceberam que o Chapeleiro e a Lebre estavam tão envolvidos em suas próprias bagunças que não notaram que precisavam de ajuda.

Alice e Ester, então, trocaram um olhar determinante. “Vamos usar nossa criatividade!” disse Alice, com um brilho nos olhos.

“Sim!” Ester concordou. “Podemos fazer biscoitos e enfeitar a mesa com flores do jardim!”

E assim, as duas meninas começaram a trabalhar, puxando as criaturas da floresta para ajudar. Com um entusiasmo contagiante, elas uniram forças com todos — coelhos, esquilos e até a borboleta que cantava.

Mas, de repente, no meio da festa, uma sombra passou rapidamente. Assustados, todos olharam para cima. Era a Rainha de Copas, com uma expressão carrancuda. “O que está acontecendo aqui?” ela gritou, fazendo com que todos congelassem.

O coração de Ester começou a bater mais rápido. Como poderiam convencer a Rainha a deixá-los continuar com a festa?

Com coragem, Ester se adiantou e disse: “Majestade, estamos organizando uma festa do chá para celebrar a amizade! Venha se juntar a nós!”

A Rainha de Copas olhou de relance para as meninas e, em seguida, para a mesa cheia de doces e flores. O Gato Sorridente sorriu de maneira ainda mais ampla, enquanto a Lebre de Março tentava equilibrar os biscoitos.

“Hmm,” disse a Rainha, com uma expressão pensativa. “Se você me convencer a participar desta festa, talvez eu considere não mandar cortar cabeças.”

As meninas se entreolharam, um pouco nervosas, mas cheias de determinação. Era hora de mostrar à Rainha que a amizade e a diversão eram mais importantes do que qualquer regra do País das Maravilhas.

“Vamos fazer um jogo!” sugeriu Alice, levantando a voz. “Um jogo de chá! Se ganharmos, você se junta a nós!”

E assim, começou uma nova aventura, cheia de risadas, doces e... um pouco de confusão. As meninas estavam prestes a descobrir que a festa do chá não era apenas um evento, mas uma verdadeira celebração da amizade e da coragem.

A mesa estava cheia de cores e aromas deliciosos. As flores dançavam sob a brisa suave, enquanto os raios de sol filtravam-se pelas folhas das árvores, como se estivessem aplaudindo a festa do chá. Alice e Ester, com sorrisos largos nos rostos, estavam prontas para a aventura que se desenrolava diante delas.

“Vamos jogar um jogo de chá!” gritou Alice, cheia de entusiasmo. “Mas não será um jogo comum. Vamos ver quem consegue beber mais chá sem deixar cair uma gota!”

Ester riu, seus olhos brilhando. “Isso vai ser divertido! E se a Rainha de Copas se juntar a nós, talvez ela se divirta tanto que esquecerá de cortar cabeças!” O Gato Sorridente piscou um olho, como se concordasse com a ideia.

A Rainha de Copas, que estava um pouco hesitante, olhou para o Gato e depois para as meninas. “Hmm, jogar um jogo? Isso parece interessante. Mas se eu perder, a festa acaba!” disse ela, com um sorriso travesso.

“E se você ganhar, você poderá ser a Rainha do Chá e fazer todas as regras!” exclamou Ester, cheia de coragem.

“Está bem, então!” respondeu a Rainha, cruzando os braços de forma decidida. “Eu aceito o desafio!”

Todos se acomodaram ao redor da mesa, cada um segurando uma xícara de chá. A atmosfera estava cheia de risadas e excitação. O Chapeleiro Louco, com seu chapéu exagerado, começou a contar piadas, enquanto a Lebre de Março equilibrava as xícaras e os biscoitos.

“Um, dois, três, já!” gritou Alice, e todos levantaram suas xícaras e começaram a beber o chá. Era uma visão hilária: a Rainha de Copas inclinava-se para frente, tentando não derrubar nada, enquanto o Gato Sorridente ria de forma contagiante.

“Eu sou a Rainha do Chá!” exclamou a Rainha, ao mesmo tempo que um pouco de chá escorria pelo queixo dela. Todos riram, e, por um momento, a Rainha parecia menos ameaçadora e mais como uma amiga.

Depois de várias rodadas de risadas e guloseimas, o jogo foi finalmente decidido. “E eu declarei um empate!” anunciou o Chapeleiro Louco com pompa. “Todos vocês são vencedores!”

A Rainha de Copas, rindo, levantou sua xícara. “Então, em vez de mandar cortar cabeças, que tal fazermos uma nova regra? A regra da amizade! Todos nós devemos nos reunir para festas do chá mais vezes!”

E assim, a festa continuou com mais risadas, histórias e, claro, uma montanha de deliciosos doces. O Gato Sorridente fez um espetáculo de truques, enquanto Ester e Alice ajudavam a servir mais chá para todos.

Quando o sol começou a se pôr, banhando o País das Maravilhas em tons dourados, as meninas se sentaram juntas, observando os amigos em volta da mesa.

“Olha como todo mundo está feliz, Alice,” disse Ester, com um sorriso radiante. “Eu nunca pensei que a Rainha de Copas pudesse ser tão divertida!”

“Sim! E tudo isso por causa da amizade,” respondeu Alice, segurando a mão de Ester. “Juntas, conseguimos fazer algo mágico.”

Todos os convidados, incluindo a Rainha, levantaram suas xícaras em um brinde à amizade. “À amizade!” disseram em uníssono.

Com corações cheios de alegria e felicidade, as meninas prometeram que sempre se reuniriam para novas aventuras. E assim, no País das Maravilhas, a festa do chá se tornou uma tradição, repleta de risos e amor.

E quando Alice e Ester voltaram para casa, sabiam que não só tinham feito novos amigos, mas também aprendido que a verdadeira magia está na bondade e na união.

E assim, com sorrisos e promessas de novas aventuras, todos voltaram para casa felizes, prontos para o próximo dia de diversão.

E assim termina mais uma maravilhosa aventura de Alice e Ester no País das Maravilhas, onde a amizade brilha como as estrelas no céu!